No dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de Coronavírus, conhecido também por COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease 2019) como pandemia mundial.
A procura pelo termo “coronavírus” na internet aumentou significativamente e por esta razão o site Workersit decidiu publicar uma série de artigos com o título Coronavírus: Tendências de Pesquisa no Brasil, afim de poder contribuir com a informação gerada através de ferramentas de pesquisas como o Google Trends (GT) que por sua grande massa de pesquisas realizadas em sua plataforma de busca pode nos entregar informações valiosas sobre termos de pesquisa como o coronavírus no Brasil. Com estas informações podemos gerar conhecimentos ou insights que em meio esta crise, pode ser de grande ajuda para nós brasileiros.
Para a construção deste relatório foi considerado os últimos 3 meses de surto, já que foi reconhecida o seu início em 1 de dezembro de 2019. Aqui no Brasil o termo coronavírus não chegou a criar tendências no mês de dezembro de 2019, portanto, iniciamos este relatório a partir de 20 de dezembro de 2019 à 20 de março de 2020 para completar os 3 meses.
Antes de ler os relatórios, é preciso entender como o Google Trends (GT) classifica o pico de popularidade de um termo, é bem simples, se um termo está com 100 pontos, ele chegou no pico, 50 pontos, metade do pico e 0 pontos o termo não atingiu dados suficientes para gerar tendências.
A imagem abaixo apresenta em percentual os pontos de pesquisa por mês no Brasil sobre o coronavírus.
Analisando os meses apresentados no relatório, podemos ver que o mês de março houve um estouro agudo de pesquisas chegando em até 66,67% em apenas 20 dias, 9 dias depois da declaração de pandemia pela OMS.
Agora, apresentamos na imagem a seguir o relatório de pesquisas por regiões no Brasil.
A região Nordeste é o maior em relação as outras regiões com 31,84% de pesquisas com um montante de 9 estados, então, podemos observar que a região Nordeste é a região brasileira com maior procura pelo termo coronavírus na web, entretanto, não significa que representa os estados mais afetados pelo COVID-19.
Por fim, a última imagem deste relatório é a de pesquisas por estados brasileiros.
O Distrito Federal está com 100 pontos, Santa Catarina com 89 pontos e São Paulo com 83 pontos, já os 3 últimos, Alagoas 61, Maranhão 60 e Pará 59. O que podemos observar em relação a estes 3 primeiros e os 3 últimos?
Temos uma média de 71,19 pontos dos 27 estados do Brasil, se levarmos em consideração que a média 7 representa um valor positivo, então, significa que o Brasil está bastante interessado sobre o vírus COVID-19.
Se os brasileiros estão preocupados com este vírus, então, merece atenção aos estados que medem os menores pontos, como os estados de Alagoas, Mararão e Pará, será que a falta de comunicação, campanhas, disseminação, inclusão social são motivos pelo pontos baixos?
O Brasil é uma país continental, ou seja, o país tem um imenso território que por sua vez, a transmissão do vírus irá se comportar de maneira diferente, de fato, a conscientização de prevenção para a população deve ser o mesmo em todo o território.
Se o estado de São Paulo é o local com mais infectados e óbitos até agora, o que significa estar em 3° lugar no ranking de pontos de tendência?
E o Distrito Federal, poque está no pico de pesquisa? Será que os governantes estão atuando de forma agressiva para minimizar o efeito desta pandemia no país?
São perguntas no qual devemos nos fazer e tentar buscar sentido para este momento tão difícil para todos nós.
Esse foi o primeiro artigo publicado da série Coronavírus: Tendências de Pesquisa no Brasil baseado na ferramenta de medição de tendências Google Trends.